domingo, 5 de fevereiro de 2012

Vasco Graça Moura e a sua propensão para a estupidez

Esta semana veio a público que Vasco Graça Moura, Presidente do Centro Cultural de Belém, pretendia revogar a aplicação do novo acordo ortográfico na entidade que dirige.

É curioso verificar como muitos de nós nos indignámos ou demonstrámos solidariedade para com a atitude de Graça Moura em relação ao acordo ortográfico. Houve várias notícias sobre o tema, que, inclusive, foi referido no debate quinzenal, com o Primeiro-Ministro a tentar uma das suas "malabarices", deturpando o que foi noticiado. No Twitter, discussões sobre Graça Moura e o acordo ortográfico prolongaram-se ao longo do dia em que esta decisão foi conhecida.

Mas o meu ponto não se prende com o acordo ortográfico, nem tão pouco com aquilo que Vasco Graça Moura decide ou deixa de decidir sobre a sua implementação. Honestamente, estou-me marimbando para aquilo que o senhor acha sobre o acordo ortográfico.

Nós estamos a falar de uma pessoa que tem vindo a insultar, de uma forma descarada e continuada, Portugal e os portugueses. Alguém que, entre muitas outras "pérolas", caracterizou os portugueses como tendo uma "natureza calaceira", um "feitio de incumpridores relapsos" e (a que mais me repugna) "uma certa propensão para a estupidez".

Sem revelar remorso ou arrependimento, Vasco Graça Moura escreveu que "Portugal está uma porcaria" e disse que nós, os portugueses, preferimos "chafurdar na porcaria a encontrar soluções verdadeiras, competentes, dignas e limpas".

Pessoalmente, considero que, antes de assumir qualquer cargo suportado por cidadãos portugueses, Vasco Graça Moura deveria ter-se retratado dos insultos de baixo nível com que brindou esses mesmos portugueses e o seu país.

O facto de tal não ter ocorrido, isso sim, é o que me indigna. O acordo ortográfico vem muito, muito depois.

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